Cacau, um pouco de açúcar e muita paixão
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Maio 17, 2016Adele num estádio, depois de anos evitando dar shows em lugares tão grandes. Alias esse é um dos maiores festivais do mundo: Glastonbury.
Mark Beech, seguidor da artista, expõe sua opinião a respeito.
Quando Adele começou seu tour há um mês, alguns fãs mostravam-se nervosos por ela. Várias pessoas na plateia conformada por 11.000 pessoas no SSE Arena de Belfast encontravam-se preocupadas por umas informações sobre a cantora, as quais defendiam um suposto medo ao cenário, que fora encoberto como “falha técnica” na atuação dela na gala dos Grammy.
Enquanto esperávamos as primeiras notas, todo o mundo estava convencido que o ímpeto do ídolo não ia dececionar ninguém. Era claro que o show que começava tinha sido perfeitamente coreografado. A aparição de Adele emocionou a todos.
Eu não sou um grande fã de Adele, mas eu admiro seu trabalho e tenho sido um dos críticos que mais apoiou no caminho. Em Belfast, eu estava felizmente envolvido por verdadeiros fanáticos da cantora e qualquer tipo de crítica era impossível perante o (não é exageração) êxtase da plateia, especialmente após escutar o tema “Rolling in the Deep” e receber uma chuva de confete com partes da letra da música. Eu guardei um dos pedaços, que tinha escrito “I like it in the city when two worlds collide” (“Eu gosto da cidade quando dois mundos colidam”).
A cenografias é a mesma que a já vista nos anteriores shows em Reino Unido e Irlanda, inclusive os efeitos e as imagens. Se você está pensando em ir num dos shows que ainda tiverem ingressos disponíveis, deve lembrar que têm várias coisas que não vai ver neles. É um show de Adele, o que significa que não haverá troca de roupa continuamente, estilo Beyoncé. Ela pode seguir o ritmo de algumas músicas, mas não fará uma complicada coreografia , estilo Madonna.
Um querido amigo meu, roqueiro, pediu para eu lhe responder: ¿como se comporta o pessoal na plateia num show de Adele? Boa pergunta. A maior parte dos fãs mantiveram uma atitude muito calma, somente seguindo as letras com os lábios. Exceto em alguns momentos específicos de especial entusiasmo por uma música (e, é claro, durante os aplausos entre as músicas), a poderosa voz de Adele reinava no ambiente.
Outra maneira de empatia foram os comentários que Adele fez entre as músicas, quando ela contou anedotas da vida pessoal e profissional: desde historias relacionadas com Leonardo DiCaprio ou Jennifer Garner até as travessuras do filho, Angelo. Ela compartilhou vivências e interagiu com a plateia em alguns momentos.
Eu escrevi sobre Adele durante bastante tempo. Há um grupo de críticos que pretendem menosprezar sistematicamente qualquer tipo de música comercial. Mas eu não ligo para isso: se é música boa, é música boa. De fato eu prefiro destacar um trabalho que vai ser um sucesso antes que atacar com negatividade. Parece quase uma conspiração de alguns escritores que se obcecam com criticar trabalhos que são contrários a “21” ou “25” de Adele, obscuros e difíceis.
Depois de anunciar a assistência a Glasto, alguns podem dizer que o tipo de música que Adele faz é para pessoas que não sabem apreciar realmente a arte, e provavelmente nem gostem de roque, ao contrario das pessoas que vão ao evento. Mas eu devo dizer que isso não é justo. Num lugar como a Irlanda do Norte, a música é entendida e acolhida de forma universal, porem tem lugar para grupos de música heavy e para a Adele. É difícil negar que ela fez muita gente feliz, e que ela soube se manter onde ela está mesmo nessa época de confusão e downloads ilegais. Força, menina, nós precisamos de ti!