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Fevereiro 6, 2017Ben Proud, nadador britânico de 21 anos de idade, fala comx sobre a dieta e o treino que fez para se preparar para os Jogos do Rio de Janeiro.
Conseguir uma entrevista com Benjamin Proud esses dias é mais difícil do que ver ao Papa no Vaticano. Nós nos encontramos quando o Campeonato Europeu de Londres acabou de terminar e ele está fazendo as malas para ir participar no Mare Nostrum em Barcelona. Logo depois, terá o último treino com sua equipe do Reino Unido em Roma e voarão todos juntos para Brasil.
Essa figura olímpica de 1,91m de altura e 93 quilos termina agora de malhar na academia com o treinador, numa sessão, segundo ele me conta, focalizada em maximizar e otimizar a força muscular, e agora, claro, precisa comer alguma coisa depois disso.
Depois de me contar que com a dieta que ele faz pode comer muito variado, evitando a “comida rápida”, sempre que ele ingerir umas 6.000 calorias por dia, me levou para um restaurante de pizza onde conversar enquanto ele acalmava a fome.
O que costumas comer em um dia?
- Minha dieta diária se mantém dentro de uns parâmetros:
- Uma banana antes do treino na manhã e um batido de proteína
- Café da manhã: três ovos com pão, um grande smoothie (feito com fruta ou verdura, fruto seco, aveia e leite de amêndoa) e outro batido de proteína Também uma tigela de mingau. com fruta.
- Mais uma tigela de mingau com fruta durante a manhã.
- Almoço: normalmente, dois peitos de frango ou de peru, com massa e salada. Também um smoothie igual ao da manhã. Eu sempre cozinho de mais para ter um lanche entre a natação e a malhação.
- Batido de proteína depois do trino da tarde.
- Lanche: mingau com frutas ou o que cozinhei de mais no almoço.
- Batido de proteína depois do treino da noite.
- Jantar: frango, salmão ou carne. Tento fazer só uma ou duas refeições por semana de carne vermelha. Se comer frango, vão ser três peitos; se for salmão ou carne, duas peças grandes. Sempre junto com 350g de macarrão.
Isso é o que eu como em um dia normal, mas a minha dieta costuma mudar quando eu estou próximo de uma competição.
Ben é nadador de corta distancia, pronto para os 50 e 100m freestyle em Rio. Ele me conta que são chamados de “preguiçosos” porque o treino é focalizado em liberar toda a energia numa corrida curta, ao contrario dos outros que dosificam a força em longas distancias.
Ele morou em Malásia há alguns anos e sua família logo percebeu que as competições locais ficavam pequenas para ele. Assim, que contactaram Jon Rudd, na Universidade de Plymouth e ele ganhou uma bolsa. Desde 2011, quando ele tinha 17 anos, mora de novo na Inglaterra.
Depois de se adaptar e da sua família ir morar perto dele no Reino Unido, Ben começou a melhorar muito rápido os tempos na agua. Desde então, ele conseguiu vários títulos: superou o recorde de Mark Foster em 50m butterfly, se tornando o nadador de 18 anos mais rápido. Também conseguiu medalha de ouro nessa especialidade e em freestyle em competições da Commonwealth e bronze no último Campeonato Europeu em Londres.
Como é que se sente um atleta de 22 anos? Não tens saudades das coisas que um garoto de 22 anos faz normalmente?
Sim. Às vezes, no lugar de sair com os meus amigos eu preciso ficar em casa para descansar. Mas o meu grupo de amigos é também conformado por atletas, então a gente se combina muito bem. Vamos para casa de alguém, ou para a minha, vemos filmes, conversamos e rimos muito. É claro que não vamos pular desde uma ponte ou fazer algo que poderia nos machucar, mas temos uma vida juntos muito normal.
Mas, aliás, deves ter muito cuidado com o que comes e bebes, especialmente se estiveres doente.
Exato. A Federação Britânica de Natação nos proporciona uma lista de substâncias que podemos e não podemos tomar, pois mostrariam alterações nos controles. As autoridades são muito estritas a respeito. Até bebidas energéticas são maliciosas. Felizmente, temos uma equipe de médicos aqui que nos aconselham perfeitamente quando estamos doentes.
O que mais me fascina é como o Ben está tão calmo, havendo uma competição tão importante na vida dele tão próxima. “Eu toco a minha guitarra”, me responde quando lhe pergunto a forma de se relaxar.
Ben me diz que no instante antes de ouvir o sinal e mergulhar, ele não escuta nada. Aprendeu a bloquear todas as distrações e se focalizar na meta. Sempre lembrando que o que ele faz é um esporte, que pode ter junto com ele na piscina competidores melhores e piores, e que nem sempre podes alcançar o pódio. Mas o importante é não dececionar quem te apoia e fazer o melhor possível pelo país que estás a representar.
Depois do nosso papo, eu tive a chance de escutar ele tocar a guitarra para mim. Ele faz muito bem.
É um atleta que trabalhou muito para chegar onde está agora: na maior competição em que um desportista de elite como ele pode participar. Realmente, ele merece estar aí, e com certeza o BEN vai fazer o Reino Unido ficar muito “PROUD” (orgulhoso).